A EXECUÇÃO {MAURO LOPES LEAL}



A execução havia sido marcada para às 8 da manhã, a ocorrer no mesmo lugar de sempre: a sala da verdade. Não, esse não é o seu nome verdadeiro. Nós, guardas, a apelidamos dessa forma. É nela que os criminosos mais repulsivos e detestáveis choram, esperneiam como criança, imploram ensandecidos, fenecem. Pedem que lhes dêem uma segunda chance, que não vão mais matar, torturar, dizem que se regeneraram, que reconheceram que foram homens maus e que tudo o que precisavam era de uma nova oportunidade para provar sua inocência. Esse era sempre o mesmo discurso. Mudou apenas uma vez, no ano de 19.., na cidade de B.
            Não é um caso que gosto de relembrar, mas foi um acontecimento que marcou a todos e principalmente a mim, que tive uma participação mais ativa do que os demais.  Não sou um bom contador de história, sou apenas um guarda de penitenciaria que exerce a mesma função há mais de vinte anos. Agora estou com os cabelos parcialmente grisalhos, a visão não está como antes, mas na época do ocorrido, há dezesseis anos, eu era um rapaz vigoroso, de porte atlético, o que de certa forma salvou minha vida na ocasião. Por necessidade de preservação de identidade, omitirei alguns nomes, modificarei outros, pois havia pessoas, gente de elevada posição social envolvida e eu tenho filhos, esposa, família.
            Falei que seria uma execução logo no início da minha narrativa, mas preciso corrigir-me: na verdade era um assassinato e que deveria se cometido por nós, guardas. Mas estou avançando muito depressa. Desculpem-me, como disse antes, sou apenas um simples guarda, treinado para cumprir com as minhas obrigações.
            Creio que devo falar primeiramente do homem a ser “executado”. Seu nome era Alex S. D., mais conhecido como o Carniceiro de B., título que lhe era absolutamente justificável: gostava de assassinar mulheres. Os modos como procedia eram os mais desumanos possíveis. Retirava a pele de determinadas partes da vítima, ainda vivas, e fazia peças, como se fossem roupas. Luvas, chapéus, máscaras... o sujeito era realmente bizarro.
            O número de vítimas chegou a vinte e seis. Donas de casa, estudantes, profissionais, não havia um padrão, poderia ser qualquer uma. Escolhia-as mais na parte da noite, quando voltavam da escola, da igreja ou do trabalho. A abordagem era sempre a mesma: que rua é esta? Como faço para chegar na estação seis? Agarrava-as e conduzia-as ao seu velho fusca vermelho. Seguia para alguma velha casa abandonada, previamente preparada para o seu ritual de tortura e morte.
            Foi descoberto e preso após uma das vítimas conseguir escapar. Condenado, fixou-se sua pena em vinte e três anos, pois somente dois corpos foram encontrados na casa de Alex. Os advogados de defesa justificaram, ou tentaram, os crimes com atestados psiquiátricos. Bradaram que Alex era mais uma vítima do que algoz. Não sei, não posso me pronunciar sobre nada disso, pois desconheço os mistérios da mente humana. Tudo o que sei é que muitos assassinos confessos, quando em liberdade, praticam as maiores barbaridades possíveis, mas na condição de cativos, perpetram pinturas de paisagens, organizam coro e até aprendem a dançar tango. Não sei. Apenas acho que, em sociedade, tornam a matar novamente sem qualquer piedade.
            O caso de Alex seria o de mais um simples assassino com problemas psiquiátricos se ele não tivesse matado uma mulher em especial: a esposa do desembargador R., bastante conhecido na região. Devo observar que, independente de ser esposa ou não deste ou daquele indivíduo, para mim todas foram vítimas similares: mulheres que perderam a vida nas mãos de um louco. Mas em nossa sociedade superficial e desigual, cujos valores exaltam a posição social e o acúmulo de riqueza, assassinar uma mulher como aquela é algo que merece uma dupla condenação, algo por debaixo dos panos, secreto, muito secreto.
            Não são novas as matérias sobre detentos que aparecem mortos, enforcados em suas celas. Trata-se o caso, geralmente, como suicídio, mas sabemos que em muitos desses casos a coisa não foi bem assim. Com Alex não seria diferente.
            Em uma certa manhã, dois advogados representando o desembargador chegaram ao presídio, queriam falar com o diretor. Não os vi, mas me contaram. Nos presídios tudo é compartilhado, nada fica em segredo. Entretanto, nada sai de lá. As informações ficam confinadas aos muros da prisão. Se hoje estou escrevendo tal memória é mais por necessidade, desejo de compartilhar algo que carrego e que nunca soube assimilar de forma adequada.
            A conversa entre os três homens durou pouco, talvez menos de meia hora. De imediato não estranhamos nada de diferente, muitos advogados frequentam a prisão para assuntos particulares com os seus inúmeros clientes. Somente no dia seguinte soubemos de forma mais clara quem eram de fato aqueles dois senhores e o que queriam. O diretor da prisão chamou-me para uma conversa em sua sala. Quando cheguei, já havia mais dois guardas. Um era meu amigo, S., o outro conhecia de vista.
            Depois de uma introdução truncada, nervosa e com rodeios, o diretor disse que certos detentos de nossa unidade cometeram crimes que são considerados moralmente mortificantes, portanto, deveriam receber uma punição adicional, por assim dizer. Nós, os guardas, não falávamos nada, mas sabíamos para onde a conversa seguiria. Eu, que até então nunca havia me envolvido em tais situações, tive, obrigatoriamente, que fazer parte. Sim, a minha hora tinha que chegar também. Não se podia recusar uma coisa daquelas, apenas jurar ao mandatário que tudo seria praticado de forma rápida e sigilosa, sem possibilidades de suspeitas maiores.
            “Na quarta-feira próxima, às 8 em ponto, quero que vocês conduzam o prisioneiro Alex S. D. à sala da verdade.” Eu fiquei nervoso. Era a minha primeira execução. Meu colega já havia participado de três. O outro apenas uma.  
            Naquela noite não consegui dormir com tranquilidade costumeira. Tive pesadelos nos quais era perseguido por um homem, vestido de branco. Trazia nas mãos uma grande adaga. Eu tentava fugir, mas minhas pernas não se moviam. Eu despertava, ofegante. E quando voltava a dormir, o pesadelo também retornava, o mesmo.
              No dia seguinte, meu amigo, S., perguntou quanto nos seria oferecido. “Vão nos dar dinheiro por isso?” perguntei ingenuamente. Não fazia a menor ideia de que algum valor pecuniário era dado aos guardas que faziam parte de tal procedimento. “Claro, seu tolo. Acha que fazemos isso de graça? É preciso algum para que fiquemos calmos, tranqüilos e satisfeitos. Acho que vai ser uns quatrocentos. Querem muito o cara apagado, entende? Ah, a vingança!” Naquele dia descobri um lado sádico do meu amigo, sádico e mercenário. Mas com o tempo, com outras execuções, vi que aquilo era normal e que muitos guardas desejavam ardentemente serem escolhidos para participarem desta ou daquela execução, tudo por causa do dinheiro. “Tomara que chegue logo quarta!”
            Na terça-feira eu não me sentia nada bem. Um enjôo, uma falta de apetite me abatiam. Sabia que tais sintomas eram por causa da execução, mas não podia fazer nada. Pensei em fingir uma doença qualquer, um mal súbito, mas não acreditariam, diriam que acovardei-me, seria menosprezado pelos demais guardas, que viam aquelas mortes apenas como formas extras de renda. Ainda nesse dia, fui encarregado de vigiar o corredor no qual o prisioneiro Alex encontrava-se. Senti um leve tremor no corpo. Eu o veria antes da execução, algo que eu queria ter evitado mais do que qualquer coisa.
            Às 18 horas fui render o outro guarda, que me repassou as armas. A tarefa básica de um guarda, um bom guarda, era fazer todo o trajeto do corredor por completo. Eu me considerava um excelente guarda, mas naquele início de noite resolvi ficar parado, apenas movimentando-me de um lado para o outro não mais que quatro ou cinco passos, para a esquerda e para a direita. Mas para meu azar, um superior passou pelo lugar e estranhou minha postura. “Está bem? Sente-se bem?” perguntou-me o oficial. Respondi que sim, que tudo estava normal. Fiz continência e segui o trajeto costumeiro. A sela de Alex era a de número 230. A terceira da direita para a esquerda no corredor. Tive que passar em frente. Ele estava acordado, lendo um livro. Por uma força irresistível, olhei para ele e para meu tormento, encontrei o seu olhar em mim.
            Prossegui em meu percurso, jurando a mim mesmo de que não mais olharia para aquele homem, magro, de cabelo cortado à moda militar. Mas na quarta vez em que passei pela sua cela, ela me chamou. Um frio percorreu minha espinha dorsal. “Ei, guarda F., venha aqui, ouça-me. Não se faça de surdo. Estou sussurrando mas sei que pode me ouvir.” Por um motivo que até hoje desconheço, parei minha ronda em frente à grade da cela 230. “O que você quer, prisioneiro D.?”, perguntei, tentando dar à minha voz um tom imperativo e furioso, mas falhei drasticamente. Eu gaguejava. Alex riu e perguntou: “Será amanhã mesmo?” Outra vez fiquei estático. “Será amanhã o quê, prisioneiro S.?”, “Ah, não se faça de bobo, você sabe, a minha execução!” Fingi que não ouvi e reiniciei minha ronda. Mas sempre que passava pela cela 230, Alex que chamava, falava frase soltas. “Não se preocupe, guarda F., não tenha receio. Saiba que amanhã eu não morrerei.” Repetiu isto uma três vezes ainda durante minha ronda.
            Depois de algumas horas fui rendido pelo outro guarda. Corri para o meu dormitório e tentei dormir, mas sem sucesso. Como ele poderia saber da própria execução? Teria alguém dito a ele? Alguma coisa vazou entre os prisioneiros? Isso era impossível. Apenas os guardas e o mandatário sabiam da execução. Esta, quando ocorria, só vinha ao conhecimento dos demais guardas no dia seguinte, quando o corpo era achado na cela. Como ele poderia saber?
            Às cinco da manhã pulei da cama. Estava nervoso. A noite sem sono não significou nada para mim, pois estava elétrico, nervoso. Vesti-me com o esmero habitual. Olhei-me no espelho do banheiro: “Hoje você irá matar o seu primeiro homem!” Era uma ideia bastante delicada, um tanto desprezível, mas uma realidade inquestionável. Salvo alguma situação absurda que pudesse acontecer, nada iria defender aquele homem da morte naquele dia. No refeitório, como combinado, encontrei meu amigo e o outro guarda. Seguimos em direção ao banheiro, pois a sala da verdade ficava atrás. Lá, encontramos não apenas o diretor da penitenciária, mas também o próprio desembargador. Apertou-nos a mão e pediu um bom trabalho. “Se houver, hã, dor adicional, vocês receberão um, hã, um abono, meu senhores”, falou com voz grave. A notícia não poderia ter sido melhor para os meus colegas. “Vamos fazer aquele sujeito sangrar como um porco!”, disse S. assim que saímos para buscar o prisioneiro.
            Encontramos Alex ajoelhado, rezando. Quando nos viu, sorriu. “Vocês são homens extraordinários”, disse com voz pausada. Ao algemá-lo, percebi sangue nas pontas dos seus dedos. “Hoje é um grande dia, senhores. Hoje é a data da libertação!”. “Cale-se, seu maluco!”, bradou meu colega enquanto fechava a cela e o empurrava para frente. “Siga”. Eu, que já estava nervoso, ficava cada vez mais. Pensei que não suportaria aquela situação por mais tempo. Matar era uma coisa. Torturar e matar era outra. Teria estômago para isso? Certamente seria exigido de mim alguns golpes, ou seja, eu teria também que sujar ainda mais as minhas mãos.
            Durante o trajeto encontramos com dois guardas. Olharam-no inicialmente com surpresa, mas depois adivinharam o que ia acontecer, e sorriram. “Divirtam-se!”, disse um deles. “Esse é o princípio”, respondeu meu amigo.
            Na sala da verdade, encontramos o outro guarda em pé e os dois outros homens sentados em duas cadeiras, providenciadas pelo primeiro quando saímos. Mal entramos no local e o desembargador avançou sobre o prisioneiro, esmurrando-o na boca. “Seu idiota! Sua sandice desmesurada me custou milhares de reais, sabia? Sem falar na possibilidade de uma candidatura que seria apoiada pelo meu sogro!” Desferiu mais três golpes, todos no estômago de Alex, que gemeu e depois sorriu. “Desculpe se atrapalhei seus sonhos de grandeza, doutor!”.
            Então era isso. Não era vingança. Nada daquilo era motivado pelo amor de um marido diante da perda da esposa. A questão era apenas financeira, como o é sempre. “Comecem”, ordenou o diretor, em tom seco. Meu amigo, mais afoito, iniciou a tortura com tapas e prossegui com murros. Eu tirei a parte de cima do meu uniforme, coisa que foi seguida pelo outro guarda. Este, armando-se com um canivete, cortou a costa do prisioneiro em três partes diferentes. Um grosso sangue começou a escorrer. “Muito bem, senhores!” dizia o desembargador, que parecia cada vez mais satisfeito com o avanço e a crueldade crescente da tortura. Os gritos de Alex agradavam-no de modo surpreendente. Gritos estes que não saiam jamais da sala, estrategicamente situada em um desnível em relação ao presídio, o que impedia qualquer som de sair dali e alcançar outros cômodos. Por isso ela havia sido escolhida para tais situações.
            “Bata na cabeça, a cabeça!”, pedia o desembargador. E como um maestro da morte, indicava o local a ser flagelado. “Agora na orelha, corte um pouco da orelha. Isso mesmo, assim!” Após meia hora de agressões, Alex desmaiou. O desembargador mostrou-se desapontado. “Está morto? Já?” O diretor explicou que não, que havia apenas desmaiado. Ele mesmo apanhou um balde com água gelada e despejou sobre a cabeça de Alex, que despertou abruptamente. “Ah, oi, amigos, estou de volta. Como estão todos?” perguntou, com a boca inchada e sangrando, faltando alguns dentes da frente.
            “Agora é sua vez, F. preciso me recuperar”, disse meu amigo, apanhando uma toalha para enxugar o rosto. Antes disso, estendeu-me uma barra de ferro. “Quebre as pernas deles”, pediu o desembargador. Hesitante, apanhei o instrumento e me posicionei, trêmulo, diante de Alex, que percebeu minha angústia. “Ora, vamos, guarda F., hoje é só mais um dia de trabalho. Não se preocupe, companheiro, ficarei bem. Hoje mesmo estarei livre”. Para tentar diminuir minha angústia, tentei lembrar das mulheres mortas, da forma como elas foram atacadas e mutiladas. Pensei em cada uma delas enquanto erguia a barra de ferro e desferia dezenas de golpes nas pernas de Alex, que gemia e chorava.
            O desembargador ergueu-se com ar resoluto. “Agora chega, tenho uma reunião daqui a meia hora. Vou tentar amenizar o prejuízo que esse louco me provocou. Podem matá-lo”. Todos olharam para mim. Eu, que estava perto de Alex e portava a barra de ferro, deveria executar o prisioneiro. “Eu...”. tentei balbuciar algo. “Vamos, guarda, não tenho o dia inteiro”, rosnou o desembargador. O diretor olhou-me de forma severa. Atrás deles os dois guardas acenavam para que eu desse o último golpe.
            Respirei fundo e ergui a barra. Antes, sussurrei: “Perdoe-me, Alex”. O prisioneiro sorriu precariamente. “Eu não acredito em perdão, guarda F”. E desferi o golpe derradeiro. Sua cabeça abriu em duas partes. Fui cumprimentado pela precisão e força do golpe. O desembargador, satisfeito, puxou um maço de cédulas do bolso. “Quinhentos a mais para cada um pelo excelente serviço!” Todos, com exceção de mim, estavam exultantes.
            Depois que os dois homens saíram, limpamos, como pudemos o corpo. Foi nesse momento que percebi que no peito do morto haviam algumas inscrições, feitas com algum objeto cortante. Deduzi que o sangue na ponta dos seus dedos eram decorrentes de tais ferimentos. A cabeça foi costurada precariamente. Carregamos o cadáver para a cela 230 e, com uma corda, o enforcamos. Claro que qualquer um poderia perceber que Alex não havia se enforcado, mas um legista do presídio, previamente esclarecido sobre a questão, iria atestar suicídio por enforcamento. O corpo seria liberado em alguns dias e pronto. Geralmente os piores assassinos não possuíam família, o que facilitava bastante a incontestabilidade de nossa história. Deixamos Alex na cela e saímos. Alguma sentinela, assim que percebesse a situação daria o alerta e tudo ocorreria como planejado.
            Contudo, ao fim de meia hora, nada de excepcional ocorreu. Tudo estava tranqüilo. Eu, a quem foi concedido um dia de folga pelos meus serviços prestados, estranhava que nada de anormal houvesse ocorrido até então no presídio. Foi então que soaram o alarme. Fuga de prisioneiro. Tornei a vestir-me, dessa vez de modo grosseiro. Uma fuga de detentos era algo de extrema gravidade. Todos poderiam estar em perigo se um dos prisioneiros pudesse abrir a demais salas.
            Corri para o setor das celas. Um grupo de guardas examinava a cela 230. Imaginei que fosse aquilo, mas geralmente nesses casos não era acionado o alarme de fuga. “O que está acontecendo?” perguntei a um dos sentinelas. “O prisioneiro Alex fugiu, guarda F.!” Abrindo caminho entre os guardas, constatei, não sem extremo temor, que Alex havia desaparecido. “O corpo. Onde estará o corpo?” perguntei-me mentalmente.
            As buscas prosseguiram durante todo o dia. Nada foi encontrado. Decepção para todos. S., que encontrou comigo em um dos corredores, perguntou-me em sussurro sobre o corpo. “F., sumiste com o cadáver?” Ignorei-o e segui em direção à cela 230. Examinei cada milímetro e nada. De incomum apenas a bíblia que Alex lia todos os dias. Contudo, não era um bíblia comum. As letras eram desconhecidas e em muitas páginas, manchadas de sangue, reconheci os símbolos que foram feitos no corpo de Alex. Guardei o livro e saí da cela, completamente febril, um tanto delirante.
            Levaram-me ao ambulatório. Fui medicado. Recomendaram-me repouso e melhor alimentação. “Em resumo, vá para casa, guarda F.”, disse o médico com ar paternal. No ônibus, tentei relaxar. Queria evitar pensar nos acontecimentos do dia. Neguei a morte de Alex como minha culpa e dei-me confortavelmente a desculpa de que alguém havia sumido com o corpo, coisa rara no presídio, mas não impossível. Entretanto, para minha mais aterrorizante surpresa, em uma das paradas do ônibus vi Alex S. D. atravessando a rua. “Não pode ser, é impossível!”, gritei. Meu brado chamou a atenção de todos no coletivo, inclusive de Alex, que me viu e acenou para mim, lançando-me um olhar abissal. Ainda falou algo que não consegui compreender, pois o ônibus prosseguiu viagem como se nada tivesse acontecido.  

            

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